domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma boa noite de amor

Gente, não sou de escrever diário na internet. Mas me deu vontade de escrever sobre a noite de ontem.
Estávamos em casa, só eu e Beto, pois a Júlia tinha ido para Cabo Frio com meu pai. Aí pensamos, já que estamos sozinhos, oportunidade quase única, vamos sair!
Só que tínhamos passado o dia inteiro na piscina, e aí quando deu umas oito horas da noite, estávamos um pouco cansados. Tomamos banho e resolvemos deitar para ver tv. Zapeando, Beto parou no Telecine, no filme Nárnia. Confesso que não é o tipo de filme que gosto, mas que como estávamos ali, tranquilos, resolvi assistir. Quando vimos a hora já eram 10. Levantamos e fui trocar de roupa. Coloquei um macacão, que havia comprado no dia anterior. Na loja achei lindo, mas quando o vesti, me senti perigueti total. Porém, com o passar da hora, a fome, a dor no estômago que chegava, fui com ele mesmo, mas confesso que não me senti bem a noite toda. Parecia que todos me olhavam e até Beto que sempre gosta de minhas roupas, falou que aquele não combinava comigo. Só que isso, ele só disse quando estávamos no carro quase chegando ao New York.
Acabamos comendo no Balada Mix, meu estômago meio mais ou menos não me deixou comer o quanto e como gostaria e depois fomos ao cinema. Escolhi Agamenon. Nossa que desastre! Tentei ficar, porque defendo filme brasileiro. Gosto mesmo. Vejo todos. Mas, Agamenon, não deu. A ideia foi inteligente. Contudo, a construção do filme, definitivamente não gostei. Aliás, Beto também não... Dormiu, até a hora em que decidimos sair da sessão.
Entramos no carro e Beto sacaneando... dizendo que eu tinha mandado mal na comida, no filme... Eu, um pouco chateada, mas tendo que aceitar...
Chegamos em casa, tirei logo aquela roupa e pensando só uso novamente para almoçar na casa de parente ou ficar em casa. 
Deitamos, conversamos e aí nos beijamos. Foi uma madrugada daquelas. Perfeita! Só fomos dormi às seis.
   
   
    
 

Tempo, tempo, tempo....

Dia 03 fui ao neuro da mamãe. Acho que todos já sabem que ela sofre de Mal de Alzheimer. E aí, voltei de lá triste como sempre fico quando esse assunto vem à tona. Fui lá para conversar com a médica (a qual vou preservar o nome), perguntar, tirar dúvidas e principalmente ouvir o que ela tinha para me falar sobre o assunto, já que o dia-a-dia tem sido bem difícil.
Ela foi bem atenciosa, respondeu a tudo, sem pressa. Aliás foi isso que me fez escolher esta doutora. Além é claro da indicação da minha amiga e ginecologista Dra. Alda. Contudo, confesso que saí de lá desanimada. Na dúvida se gostaria de continuar com ela. Sei que foi bem sincera comigo e me falou aquilo que alguns não têm coragem de falar, mas senti uma coisa esquisita, como se faltasse fé, esperança de que a medicina poderia chegar a uma descoberta para esse Mal. E aí pensei, será que vale a pena continuar tratando com alguém que é bom, te ouve, mas que é conformado com os males da doença que trata. Marquei consulta novamente, agora para levar mamãe, mas a dúvida não sai da minha cabeça.
Não gosto dessa ideia de se conformar com aquilo que te faz mal, te faz sofrer... Não é possível que não tenha uma saída, que os médicos não venham a descobrir outras formas desse Mal não ser tão cruel. Imagino que é um daqueles assuntos que não podem estar fora da pauta da neurologia.   
Aí lembrei do Dr. Oscar Bacelar, médico neurologista, o qual atendeu minha mãe em uma consulta, numa época em que estava bem  preocupada e precisava achar um caminho. Esse me pareceu ter mais fé. Já escreveu livro sobre o assunto, tem vários artigos, e quando o perguntei sobre o tempo que essa doença leva, me respondeu: "Não pense nisso, curta os momentos que você tem com sua mãe. Aproveite!"
De lá pra cá, não paro de pensar nisso. Pensei  até em criar um blog pra ela, focado, contando o dia-dia, nossos momentos... Pedi a Deus para não deixá-la sofrer como a outra médica  me alertou que poderia vir acontecer. E não consigo me conformar que a medicina, tão avançada, como é hoje, não encontre uma maneira de diminuir, mas diminuir mesmo, os males que esta doença pode causar.
Não se tenho muito ou pouco tempo para esperar. Mas que tenho fé, que não vou me conformar, e que que contra esse Mal eu vou lutar, disso eu tenho a plena certeza.