domingo, 24 de agosto de 2014

Nova visão do meu blog

Quase 1 da manhã e eu lembrei do meu blog. Lembrei também que quando o criei, pensei em utilizá-lo como ferramenta de comunicação para conhecer pessoas e compartilhar informações sobre Alzheimer, doença que acometeu minha mãe e a qual na época muito me assustou.
Mas, hoje depois de três anos e algumas poucas postagens, vi que não era nada disso. Não quero utilizar o blog para postar informações somente sobre Alzheimer se, na verdade, nunca fiz isso.
Para mim, o blog é um espaço onde posso escrever sobre algo que estou com vontade de dar opinião e que de alguma maneira acho interessante e quero que as pessoas vejam.
Não sou daquelas que ficam pensando que tem que atualizar todas as redes sociais a todo momento. Aliás, acho isso meio chato. E confesso que para poupar tempo, a rede que mais utilizo é o face. Coloco tudo lá.
Mas, a partir de hoje as utilizarei melhor. Cada coisa em seu devido lugar. Aqui, por exemplo, publicarei meus posts. Aquilo que penso, textos pequenos, grandes, enfim, o que eu quiser abordar sobre determinado assunto. Assim, espero que de agora em diante, com essa minha nova visão do blog, eu possa estar mais presente aqui.
         

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma boa noite de amor

Gente, não sou de escrever diário na internet. Mas me deu vontade de escrever sobre a noite de ontem.
Estávamos em casa, só eu e Beto, pois a Júlia tinha ido para Cabo Frio com meu pai. Aí pensamos, já que estamos sozinhos, oportunidade quase única, vamos sair!
Só que tínhamos passado o dia inteiro na piscina, e aí quando deu umas oito horas da noite, estávamos um pouco cansados. Tomamos banho e resolvemos deitar para ver tv. Zapeando, Beto parou no Telecine, no filme Nárnia. Confesso que não é o tipo de filme que gosto, mas que como estávamos ali, tranquilos, resolvi assistir. Quando vimos a hora já eram 10. Levantamos e fui trocar de roupa. Coloquei um macacão, que havia comprado no dia anterior. Na loja achei lindo, mas quando o vesti, me senti perigueti total. Porém, com o passar da hora, a fome, a dor no estômago que chegava, fui com ele mesmo, mas confesso que não me senti bem a noite toda. Parecia que todos me olhavam e até Beto que sempre gosta de minhas roupas, falou que aquele não combinava comigo. Só que isso, ele só disse quando estávamos no carro quase chegando ao New York.
Acabamos comendo no Balada Mix, meu estômago meio mais ou menos não me deixou comer o quanto e como gostaria e depois fomos ao cinema. Escolhi Agamenon. Nossa que desastre! Tentei ficar, porque defendo filme brasileiro. Gosto mesmo. Vejo todos. Mas, Agamenon, não deu. A ideia foi inteligente. Contudo, a construção do filme, definitivamente não gostei. Aliás, Beto também não... Dormiu, até a hora em que decidimos sair da sessão.
Entramos no carro e Beto sacaneando... dizendo que eu tinha mandado mal na comida, no filme... Eu, um pouco chateada, mas tendo que aceitar...
Chegamos em casa, tirei logo aquela roupa e pensando só uso novamente para almoçar na casa de parente ou ficar em casa. 
Deitamos, conversamos e aí nos beijamos. Foi uma madrugada daquelas. Perfeita! Só fomos dormi às seis.
   
   
    
 

Tempo, tempo, tempo....

Dia 03 fui ao neuro da mamãe. Acho que todos já sabem que ela sofre de Mal de Alzheimer. E aí, voltei de lá triste como sempre fico quando esse assunto vem à tona. Fui lá para conversar com a médica (a qual vou preservar o nome), perguntar, tirar dúvidas e principalmente ouvir o que ela tinha para me falar sobre o assunto, já que o dia-a-dia tem sido bem difícil.
Ela foi bem atenciosa, respondeu a tudo, sem pressa. Aliás foi isso que me fez escolher esta doutora. Além é claro da indicação da minha amiga e ginecologista Dra. Alda. Contudo, confesso que saí de lá desanimada. Na dúvida se gostaria de continuar com ela. Sei que foi bem sincera comigo e me falou aquilo que alguns não têm coragem de falar, mas senti uma coisa esquisita, como se faltasse fé, esperança de que a medicina poderia chegar a uma descoberta para esse Mal. E aí pensei, será que vale a pena continuar tratando com alguém que é bom, te ouve, mas que é conformado com os males da doença que trata. Marquei consulta novamente, agora para levar mamãe, mas a dúvida não sai da minha cabeça.
Não gosto dessa ideia de se conformar com aquilo que te faz mal, te faz sofrer... Não é possível que não tenha uma saída, que os médicos não venham a descobrir outras formas desse Mal não ser tão cruel. Imagino que é um daqueles assuntos que não podem estar fora da pauta da neurologia.   
Aí lembrei do Dr. Oscar Bacelar, médico neurologista, o qual atendeu minha mãe em uma consulta, numa época em que estava bem  preocupada e precisava achar um caminho. Esse me pareceu ter mais fé. Já escreveu livro sobre o assunto, tem vários artigos, e quando o perguntei sobre o tempo que essa doença leva, me respondeu: "Não pense nisso, curta os momentos que você tem com sua mãe. Aproveite!"
De lá pra cá, não paro de pensar nisso. Pensei  até em criar um blog pra ela, focado, contando o dia-dia, nossos momentos... Pedi a Deus para não deixá-la sofrer como a outra médica  me alertou que poderia vir acontecer. E não consigo me conformar que a medicina, tão avançada, como é hoje, não encontre uma maneira de diminuir, mas diminuir mesmo, os males que esta doença pode causar.
Não se tenho muito ou pouco tempo para esperar. Mas que tenho fé, que não vou me conformar, e que que contra esse Mal eu vou lutar, disso eu tenho a plena certeza. 
      

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sorte e paixão: importantes na vida, essenciais no futebol.

Já estava para escrever sobre futebol há algum tempo, mas em 22 de julho, depois do jogo da seleção feminina de futebol, nos Jogos Mundiais Militares, pensei chegou a hora, não posso deixar passar. 
Mas, sabe como é, vida corrida, não consegui escrever logo. Porém, a idéia não me saiu da cabeça. E então lá vou...
Vou falar sobre dois aspectos que em algum momento estão presentes na vida das pessoas, mas que no futebol são essenciais. Um deles é a sorte e o outro a paixão.
Todo ser humano tem que ter seu momento de sorte e nas quatro linhas não é diferente. Neste jogo que citei, por exemplo, as meninas da seleção estavam ganhando por 1 x 0 da Holanda. Quase no final do primeiro tempo, pintou uma falta para as holandesas e elas colocaram a bola na trave. Ainda bem. SORTE pro Brasil! Terminou o primeiro tempo. Depois do intervalo, as meninas voltaram mais focadas e logo conseguiram fazer o segundo gol. A partir daí, dominaram o jogo e fecharam a partida com 5 x 0, resultado que classificou a seleção para a final dos Jogos.
 Após o jogo, conversando com Daniel, técnico da seleção feminina, comentei: “Ainda bem que a SORTE nos acompanhou. Se a bola da Holanda tivesse entrado, iria complicar. Naquele momento, apesar de estarmos ganhando, o jogo estava difícil, as holandesas estavam jogando muito atrás, e as nossas meninas ainda estavam um pouco tensas. Se aquela bola entrasse, com certeza nosso psicológico seria abalado e talvez o jogo pudesse ser bem mais difícil.” Ele concordou comigo e aí passamos a conversar sobre outras coisas, tietar a Kátia Cilene, que para mim, ainda joga muito.
 Já em relação à paixão, não vou escrever da relação jogador x clube, porque isso só acontece de vez em quando e hoje em dia já não é mais tão comum. E também temos que entender que jogador de futebol é um profissional como outro qualquer. O que me emociona é ver como o futebol mexe com as pessoas. A PAIXÃO que os seres humanos têm pelo clube e a emoção que sentem quando seu time de coração é campeão é algo inexplicável, algo tão bom de pesquisar, que até poderia ser tese de mestrado. Outro dia, estava em casa com Beto, e passou na TV imagens dos torcedores do Barcelona. Era uma festa incrível, todas as ruas tomadas, as pessoas gritando loucamente, uma felicidade que só se vê quando alguém está apaixonado ou quando algo de muito, muito surpreendente acontece na vida da pessoa. Mas, com o futebol, não. A cada vitória marcante, a cada título conquistado aquele turbilhão de sentimentos explode e o ser humano fica extasiado. Para os amantes do futebol, estar no estádio naquele momento, é como o slogan da Credicard: “Não tem preço”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Por que criei esse Blog?

Bom, a história é a seguinte...
Como jornalista me sentia totalmente "out" do século XXI. Não tinha blog, facebook, twitter, ou seja, relacionamento por meio de redes sociais, quase zero. Era só orkut e olhe lá. E confesso que me sentia mal por não estar antenada. Porém, o motivo principal não foi este, e sim, o mal de Alzheimer.
Pois é, desde que descobrimos que minha mãe vem apresentando todas as características dessa doença, que nossas vidas parecem ter sido atingidas por um furacão. Digo nossas, porque esse "Mal", afeta não só o paciente, mas todos que estão a sua volta e principalmente os mais próximos como filhos, irmãos, genros (é isso mesmo, meu marido, e Graças a Deus, que marido! tem compartilhado de tudo comigo), etc.
A descoberta já faz uns dois, quase três anos, mas agora precisava de um lugar para colocar meus sentimentos, minhas emoções. E escrever um blog foi a maneira que encontrei para fazer isso. Não é que não tenha amigos para desabafar, mas é que escrever para mim é uma maneira muito boa de desabafo. Além disso, pensei que criando um blog abriria as portas para informações. Porque quem é pego de surpresa por uma doença como essa, precisa de muita informação. Muita mesmo. É necessário saber quais médicos procurar (e isso não é tarefa fácil), atividades que podem ajudar, como lidar com as dificuldades do dia-a-dia, enfim um turbilhão de coisas as quais ninguém está preparado. Ainda mais quem trabalha, é filho único e tem filho pequeno.
Bem, acho que para a primeira postagem está legal. Espero que este seja um local que eu possa está em contato com pessoas (gente, penso que não há nada mais importante do que as pessoas), compartilhando informações, claro que não só sobre Alzheimer. Sou otimista e entusiasta e acredito que estamos aqui para sermos felizes e que a vida é feita para brincar, se divertir, conhecer, rir, enfim, aproveitar o que de melhor ela pode nos proporcionar, mesmo quando durante a caminhada, aparecem pedras, percalços e   trovoadas.
Nesse primeiro texto, me emocionei bastante (é, quem me conhece, sabe que sou chorona, e confesso que atualmente estou mais sensível que nunca) e pude perceber que o Blog da Juju é um lugar onde poderei me expressar e compartilhar os sentimentos do dia-a-dia.
Beijos e até o próximo post.